terça-feira, 6 de março de 2012

Há 50 Anos o Mundo (en) Canta “Garota de Ipanema”.


                                                          
                                                                                               Ubiracy de Souza Braga*
Tall and tan and young and lovely/The girl from Ipanema goes walking/And when she passes, each one she passes goes ´a-a-ah!`”.
A música “Garota de Ipanema” (“The girl from Ipanema”) faz 50 anos. É uma das mais conhecidas canções da Bossa Nova e MPB - Música Popular Brasileira do mundo e foi composta em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim quando “viram a jovem Heloísa Eneida, com apenas 17 anos, andando distraída de biquíni pelas areias quentes da Praia de Ipanema”. António Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu no Rio de Janeiro, a 25 de Janeiro de 1927 e faleceu em Nova Iorque aos 67 anos. Tom Jobim foi compositor, maestro, pianista, cantor e violinista. É considerado “um dos maiores expoentes da música brasileira” e um dos criadores da Bossa Nova. A 21 de novembro de 1962, Tom Jobim foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova Iorque. Gravou discos nos Estados Unidos e fundou a sua própria Editora, a Corcovado Music. Em 1967 gravou com Frank Sinatra. Vinícius de Moraes nasceu a 19 de Outubro de 1913, no Rio de Janeiro, e faleceu a 9 de Julho de 1980. Foi um poeta, compositor, diplomata e jornalista brasileiro. Abaixo o site oficial da marca “Garota de Ipanema”.
                                             http://www.garotadeipanemabrasil.com.br/garotadeipanemabrasil/

A “Bossa Nova” é considerada um subgênero musical derivado do samba e com forte influência do jazz estadunidense, surgido no final da década de 1950 no Rio de Janeiro. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época, ou seja, a uma reformulação estética dentro do moderno samba carioca urbano. Com o passar dos anos, a Bossa Nova tornar-se-ia um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira, conhecido em todo o mundo e, especialmente, associado a João Gilberto, Nara Leão, Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim, Baden Powell e Luiz Bonfá.
A palavra “bossa” apareceu pela primeira vez na década de 1930, em “Coisas Novas”, samba do popular cantor Noel Rosa: O samba, a prontidão/e outras bossas,/são nossas coisas (...). A expressão bossa nova passou a ser utilizado também na década seguinte para aqueles “sambas de breque”, baseado no talento de improvisar paradas súbitas durante a música para encaixar falas. Alguns críticos musicais destacam certa influência que a cultura americana do Pós-Guerra, de músicos como Stan Kenton, combinada ao impressionismo erudito, de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente do cool jazz e bebop. Embora tenha pouca influência de música estrangeira como o Jazz, a Bossa Nova possui elementos de samba sincopado. Além disso, havia um fundamental inconformismo com o formato musical de época. Os cantores Dick Farney e Lúcio Alves, que fizeram sucesso nos anos da década de 1950 com um jeito suave e minimalista (em oposição a cantores de grande potência sonora) também são considerados influências positivas sobre os garotos que fizeram a Bossa Nova.
Um embrião do movimento, já na década de 1950, eram as reuniões casuais, frutos de encontros de um grupo de músicos da classe média carioca em apartamentos da zona sul, como o de Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Nestes encontros, cada vez mais frequentes, a partir de 1957, um grupo se reunia para fazer e ouvir música. Dentre os participantes estavam novos compositores da música brasileira, como Billy Blanco, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Sérgio Ricardo, entre outros. O grupo foi aumentando, abraçando também Chico Feitosa, João Gilberto, Luiz Carlos Vinhas, Ronaldo Bôscoli, entre outros.
Em 1959, era lançado o primeiro LP de João Gilberto, “Chega de saudade”, contendo a faixa-título - canção com cerca de 100 regravações feitas por artistas brasileiros e estrangeiros. A partir dali, a bossa nova se tornara uma realidade. Além de João Gilber  to, parte do repertório clássico do movimento deve-se as parcerias de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Consta-se, segundo muitos afirmam, que o espírito bossa-novista já se encontrava na música que Jobim e Moraes fizeram, em 1956, para a peça “Orfeu da Conceição”, primeira parceria da dupla, que esteve perto de não acontecer, uma vez que Vinícius primeiro entrou em contato com Vadico, o famoso parceiro de Noel Rosa e ex-membro do Bando da Lua, para fazer a trilha sonora. É dessa peça, baseada na tragédia Grega Orfeu, uma das belas composições de Tom e Vinícius, “Se todos fossem iguais a você”, já prenunciando os elementos melódicos da Bossa Nova.
 Além de “Chega de saudade”, os dois compuseram “Garota de Ipanema”, outra representativa canção da bossa nova, que se tornou a canção brasileira mais conhecida em todo o mundo, depois de “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), com mais de 169 gravações, entre as quais de Sarah Vaughan, Stan Getz, Frank Sinatra (com Tom Jobim), Ella Fitzgerald entre outros. É de Tom Jobim também, junto com Newton Mendonça, as canções “Desafinado” e “Samba de uma Nota Só”, dois dos primeiros clássicos do novo gênero musical brasileiro a serem gravados no mercado norte-americano a partir de 1960.
 Vinicius de Moraes estudou cinema com Orson Welles e Gregg Toland e lançou, com Alex Viany, a revista Film, em 1947. Em 2001, a indústria de perfumes Avon lança a “Coleção Mulher e Poesia - por Vinicius de Moraes”, com as fragrâncias “Onde anda você”, “Coisa mais linda”, “Morena flor” e “Soneto de fidelidade”. O “poetinha”, como ficou conhecido singularmente, casou-se nove vezes ao longo de sua vida. Não foi esquecido mesmo depois da sua morte, em 1980. No dia 8 de setembro de 2006, foi homenageado pelo governo brasileiro com a reintegração post mortem aos quadros do Ministério das Relações Exteriores. Foi então inaugurado o “Espaço Vinicius de Moraes” no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.
“Garota de Ipanema” é a canção brasileira mais conhecida em todo o mundo, com mais de 169 gravações feitas por artistas como Frank Sinatra, Cher, Mariza, Madonna, Sepultura e vários outros artistas. Em 19 de março de 1963 deu-se a gravação para a “gravadora Verve”, no ano seguinte sai o LP: “Getz/Gilberto” com a participação de Tom Jobim no piano. Na história da música brasileira é uma das poucas músicas em versão em inglês cantada originalmente pelos seus compositores a fazer sucesso no exterior. A versão original da música, com o nome de Menina que passa, continha apenas estes versos: “Eu vi a menina/Que vinha num passo/Cheio de balanço/Caminho do mar”, na realização da versão final. Porém, nem Tom nem Vinicius gostaram da letra da canção.
                                     Vinicius de Moraes e Helô Pinheiro
Então a versão definitiva foi refeita mais tarde por Vinicius, inspirado em Helô Pinheiro, que passava frequentemente em frente ao Bar Veloso, hoje “Garota de Ipanema”, no Rio de Janeiro. Tom e Vinicius frequentavam assiduamente o bar, que dispunha de pequenas mesas na calçada. A “Garota de Ipanema”, Heloísa, morava na rua Montenegro, número 22 e somente dois anos e meio depois, já com namorado, ficou sabendo que era a inspiração da canção. Provavelmente em retribuição à homenagem, Heloísa, quando se casou, convidou Tom Jobim e sua esposa Teresa para serem padrinhos. Uma versão instrumental desta canção já foi feita para o filme “Garota de Ipanema”, de 1967 de Leon Hirszman. Garota de Ipanema é uma trilha sonora do filme homônimo do diretor Leon Hirszman, lançado em 1967. O LP conta com canções em sua maioria da dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes, de 1967, como “Lamento do Morro”, “Ela é Carioca”, “Garota de Ipanema” - além da participação de Chico Buarque (em “Noite dos Mascarados” e “Chorinho”). Outra versão em inglês já foi feita para esta canção e chama-se “The Girl from Ipanema” e além de Vinícius, foi composta por Norman Gimbel em 1963. Um Dueto entre cantora e apresentadora Xuxa e Daniel Jobim, neto do músico Tom Jobim, fez parte da Trilha Sonora e da Abertura da Novela brasileira da Rede Globo com autoria de Miguel Falabella, no horário das 19 horas: Aquele Beijo (2012).
Leon Hirszman ainda estudante de Engenharia iniciou suas atividades em cineclubes e ligou-se a Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Viana Filho. Começou suas atividades cinematográficas junto com sua vigorosa e consistente militância política, no movimento estudantil no Rio de Janeiro, tendo sido um dos fundadores do CPC – Centro Popular de Cultura, da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi no CPC que ele realizou sua primeira produção, o curta “Pedreira de São Diogo”, um dos cinco episódios do filme “Cinco vezes favela”, lançado em 1962. Documentarista e autor de ficção, em sua obra figuram os documentários “Nelson Cavaquinho”, “Megalópolis”, “Ecologia” e “Sexta-feira da Paixão, Sábado de aleluia”.
Em 1971, ele realiza o longa-metragem “São Bernardo”, baseado na história homônima de Graciliano Ramos, que apesar do enorme sucesso de crítica, não conseguiu se transformar em sucesso de público. Ainda na década de 1970 filmou os importantes documentários “Cantos do trabalho no campo” em 1976, o longa-metragem “Que país é esse?” em 1977, “Rio, carnaval da vida” em 1978 e realizou o longa-metragem “ABC da greve”, sobre o movimento operário da região do ABC paulista. Em 1981, recebeu a consagração de público e crítica e o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o filme “Eles não usam black-tie”, adaptação da peça teatral de Gianfrancesco Guarnieri, que escreveu com Leon o roteiro e os diálogos do filme.
Letra de “Garota de Ipanema” - 1962 (Composição: Vinícius de Moraes / Antônio Carlos Jobim):
“Olha que coisa mais linda/Mais cheia de graça/É ela menina/Que vem e que passa/Num doce balanço, a caminho do mar/Moça do corpo dourado/Do sol de Ipanema/O seu balançado é mais que um poema/É a coisa mais linda que eu já vi passar/Ah, porque estou tão sozinho/Ah, porque tudo é tão triste/Ah, a beleza que existe/A beleza que não é só minha/Que também passa sozinha/Ah, se ela soubesse/Que quando ela passa/O mundo sorrindo se enche de graça/E fica mais lindo/Por causa do amor”.
A cantora Amy Winehouse (cf. Braga, 2011) fez uma versão para a música, que está no seu álbum póstumo, lançado meses depois de sua morte. “Garota de Ipanema” foi a única canção de outros autores a ter sido interpretada pela banda Casseta & Planeta, cantada por Hubert imitando o jornalista Paulo Francis. Atração frequente dos primeiros espetáculos da banda foi incluída no videocassete “Casseta Popular & Planeta Diário em conserto”, mas não nos discos subsequentes. A canção inspirou outra da banda americana The B-52`s com “Girl From Ipanema Goes To Greenland” (“Garota de Ipanema Foi Para a Groelândia”), presente no disco Bouncing Off the Satellites (1986). É uma metáfora, já que a “Garota de Ipanema” representa uma garota alegre e atraente e a Groelândia, um lugar frio, representa uma personalidade fria. Resumindo, é uma garota atraente que se torna insensível. Foi “Prêmio Grammy para Gravação do Ano em 1960”. 
Helô, no qual o sobrenome Pinheiro é de casada, é descendente, por parte de mãe, da tradicional família Oliveira de Menezes, do Rio de Janeiro, que, por sua vez, descendeu dos Gonçalves de Menezes, conhecida família do norte de Portugal, também estabelecida no Brasil e Bittencourt Pinheiro sua avó Maria do Carmo. Sua mãe perdeu o Pinheiro e Helô ganhou ao casar. Helô teve quatro filhos de seu único casamento com o engenheiro Fernando Pinheiro: Kiki Pinheiro, a mais velha, e que ocupa eventualmente páginas da mídia brasileira, fazendo desfiles e fotos; Ticiane Pinheiro, modelo e atriz, casada com o empresário e publicitário Roberto Justus; Jô Pinheiro casada com Luiz Carlos Trielli e o único varão, Fernando Mendes Pinheiro Junior. Helô apresentou o programa feminino Ela, na TV Bandeirantes, na década de 1980, show da tarde no Sbt, “The girl from Ipanema” no canal 42 Miami, “Helô Pinheiro na Rede Mulher”, “Rio Mulher” na Cnt Rio.
Apresentou ainda o programa “Código de Honra” pela rede de televisão TV Justiça com uma parceria da faculdade FMU e Iasp. O programa é um talk show que discute sobre temas de direito voltado à sociedade brasileira. Dentre os trabalhos fotográficos de Helô, ao longo de sua carreira, destaca-se aquele ensaio fotográfico que, em abril de 2003, aos 58 anos de idade, fez ao lado da filha e que foi publicado pela revista Playboy. O trabalho se consagrou na revista, pois, “pela primeira vez, mãe e filha se fotografaram juntas num ensaio de capa”. Helô entrou para as estatísticas mundiais da revista, “como a mais velha das modelos reportadas”.
                           Foto: Helô e Ticiane Pinheiro em 07 de abril de 2003.
A revista Playboy do mês de abril de 2003, que traz na capa Helô Pinheiro e sua filha caçula, Ticiane, chega às bancas nesta terça-feira, dia 8. A Garota de Ipanema e a estudante de cinema foram fotografadas por J.R. Duran. A edição entrará para a história da Playboy, já que, pela primeira vez, mãe e filha estampam a capa. Em maio de 85, Maria Lúcia Dahl e a filha Joana posaram juntas, mas não foram capa. Helô Pinheiro já foi estrela da revista, em maio de 1987, em um ensaio também assinado por Duran. Como Helô e Ticiane não queriam fazer fotos externas, o cenário escolhido foi um grande estúdio de cinema em São Paulo. O filme Ligações Perigosas serviu como fonte de inspiração e o resultado contou com móveis de época, dois cavalos da raça Appaloosa e painéis gigantescos, que trazem um bosque na pintura”.
O texto que acompanha o ensaio foi feito pelo compositor Toquinho. Entre as frases mais inspiradas estão: “É lindo quando o tão implacável tempo é desafiado pela beleza de gerações”; “A Garota de Ipanema é hoje uma garota do Mundo” e “Meu Deus! Quantos universos a serem descobertos nas curvas de uma mulher!”. Há 16 anos, Tom Jobim poetizou a beleza de Helô Pinheiro. A estreante Ticiane Pinheiro disse que a experiência foi mais fácil do que ela pensava. “Quando me chamaram eu não queria de jeito nenhum, mas surgiu a ideia de fazer com a minha mãe. Aí eu comecei a gostar da coisa, porque sabia que não iria ficar vulgar. Faria o ensaio com minha irmã também, porque é o mesmo sangue. Se fosse com outra mulher, de jeito nenhum”. Helô também ficou tranquila. “A Tici sou eu ontem e eu sou ela amanhã. Houve um entrosamento legal, até porque costumamos fotografar muito juntas. Eu sou até mais introvertida do que ela, no final das contas. Mas não teve stress”.
Frequentemente, Heloísa passava em frente ao bar Veloso - que mais tarde, como vimos, mudaria para “bar Garota de Ipanema” - na esquina das ruas Montenegro e Prudente de Moraes. Jovem e linda, ela atraía os olhares das pessoas por onde passava. O que Helô, como é chamada até hoje, não imaginava é que dois desses admiradores a tornariam mundialmente famosa e lhe dariam um título importante pelo resto da vida. Tom Jobim e Vinícius de Moraes se encantaram pela jovem e, em sua homenagem, escreveram uma das letras mais famosas da música brasileira. Garota de Ipanema foi composta em 1962, época em que Helô Pinheiro tinha apenas 17 anos.
Eneida Menezes Paes Pinto Pinheiro, conhecida por Helô Pinheiro, na época com apenas 17 anos, nunca imaginou ter sua imagem consagrada pela voz de músicos tão reconhecidos. “Foi um momento muito especial quando um fotógrafo contou que viu o Tom e o Vinicius no Bar Veloso na Rua Montenegro, atual Vinicius de Moraes, comentando haver feito uma música inspirada em mim. Não acreditei”, relatou a musa. Confirmando o fato, três anos depois, a composição explodiu nas rádios e, de próprio punho, Vinicius revelou um texto poético, para a Revista Manchete o intitulando por “A verdadeira Garota de Ipanema”.  “A minha intenção é a expressão do quanto essa musa inspiradora tocou fundo em nós”, declara o músico.
 Com isso, a repercussão veio à tona. Helô já obtinha todos os holofotes voltados para a sua imagem e, inesperadamente, sua carreira iniciou-se ali. “Estou inserida numa situação privilegiada, foi um passado de muito sucesso e coisas belas na história da música brasileira”, afirmou ela. A eterna “garota de Ipanema” destacou ainda a responsabilidade em representar todas as garotas do bairro e a sensação em passar próximo ao cenário em que marcou a sua história. “Hoje eu passo em frente ao bar Veloso e recordo tudo o que aconteceu, é maravilhoso, apesar de no inicio ter ficado um pouco assustada com o assédio, era muito tímida”, confessou Helô.
Em 1987, Helô Pinheiro estreou seu primeiro ensaio fotográfico para a revista Playboy, reverenciado através de um texto escrito por Tom Jobim. “Heloisa minha brisa, minha eterna inspiração, quando vejo Helô Pinheiro corro pro banheiro vou tomar extremunção. Tomo leite com farelo pra baixar a hipertensão. Heloisa, Heloisinha, quem te chama é Tom Jobim, te espero na mesma esquina, já comprei amendoim”, declarou o músico. “Foi muito bom ter o Tom com um olhar de aprovação para a minha decisão, precisava fazer alguma coisa diferente e não me arrependo”, confessa Helô. Aos 58 anos, em abril de 2003 a musa reapareceu na revista, mas agora, ao lado da filha Ticiane Pinheiro. O trabalho repercutiu bastante na mídia, pois, pela primeira vez, mãe e filha se fotografaram juntas num ensaio de capa, além disso, Helô é a mais velha das modelos reportadas.
De forma admirável e com muita felicidade e gosto, Tom e Vinicius captaram esse momento dos anos 1960, acentuando ainda mais pelo mundo a fama da beleza e graça da mulher brasileira. Após 49 anos de composta a música, Helô Pinheiro não deixa a desejar quando o assunto é beleza. Atualmente, mãe de quatro filhos, a musa concilia a vida familiar com a vida profissional. Dona de um currículo bastante diversificado, de modelo, apresentadora à empresária. Hoje, encontra-se mais focada na sua loja “Garota de Ipanema”, que oferece vestimentas da moda praia, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Bibliografia Geral Consultada.
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