terça-feira, 27 de março de 2012

Píer Paolo Pasolini: Profeta e mártir do cinema.


        Ubiracy de Souza Braga*
 “E hoje vos direi que é preciso engajar-se não só no escrever, mas no viver...” (trecho de Il Poeta delle Cenere, ou Who is me?, escrito por Pasolini em 1966).                                                                        
                                                                                Para Ravena Letícia com amor e admiração.
                De tão emblemática, a démarche de Píer Paolo Pasolini (1922-1975) atinge as proporções de um mito. Não bastasse ter sido escritor, poeta, polemista, pintor e militante comunista, Pasolini realizou alguns dos mais belos filmes do século vinte. Seu cinema, longe da pirotecnia entediante das narrativas hollywoodianas, é cine-poesia, verdadeiras elegias líricas do corpo, do erotismo, principalmente homoerótico (cf. Freire, 1992), e da liberação dos instintos. Mas o mito de Pasolini não se restringe apenas à sua obra, cada vez mais revisitada, mas igualmente à sua vida, ou ainda, às circunstâncias obscuras de sua morte.
            Lembramos que, de acordo com Jurandir Freire Costa no ensaio: A Inocência e o Vício: Estudos sobre o Homoerotismo (Relume-Dumará, 1992; 195 páginas): “O termo homossexualismo nos vemos implicados no constructo histórico-político-econômico-libidinal burguês do século XIX, o qual caracteriza a humanidade como dividida em hetero e homossexuais, correlativa à normal/patológico, que transforma as vivências da experiência sexual desses sujeitos em desvio de personalidade. Remete à construção histórica a figura imaginária do homossexual como uma modalidade do humano (ou desumano) com perfil psicológico único. Falar de homossexualidade é falar de uma personagem imaginária que teve historicamente a função de ser antinorma do ideal de masculinidade burguês” (Costa,1992).  
Há 90 anos nascia o cineasta italiano. Era filho de Carlo Alberto Pasolini, militar de carreira, e de Susanna Colussi, professora primária, natural de Casarsa della Delizia (Friul), ao norte da Itália. Teve um irmão Guidalberto Pasolini (1925 - 1945) que faleceu em uma emboscada lutando na Segunda Guerra Mundial. Em 1926, porém, o pai de Pasolini foi preso por dívidas de jogo, e sua mãe se mudou para casa de sua família em Casarsa della Delizia, na região de Friuli. Em 1939 Pasolini graduou-se em Literatura pela Universidade de Bologna. Era “homossexual” assumido, tendo experimentado seu primeiro “amor homossexual” com um dos seus alunos. Ao mesmo tempo, um estudante esloveno, Pina Kalč, se apaixonou por Pasolini.
                Mais que cineasta, Pasolini foi um intelectual, um artista, de considerável influência até hoje.
As teses de Foucault (1973; 1977; 1987a; 1987b) e Pasolini (1980; 1990) sobre a constituição do dispositivo discursivo da sexualidade encontram-se referenciadas em uma dupla crítica - histórica e metodológica - à hipótese repressiva da sexualidade. Esse, o nó górdio entre Foucault na filosofia e Pasolini na arte cinematográfica em que pretendemos uma aproximação conceitual. Píer Paolo Pasolini era um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta tinha sido professor, poeta e novelista. Entre seus livros mais conhecidos estão Meninos da Vida, Uma Vida Violenta e Petróleo (livro). De porte atlético e estatura média, Pasolini usava óculos com lentes muito grossas. Em 26 de janeiro de 1947 escreveu uma declaração polêmica para a primeira página do jornal Libertà: “Em nossa opinião, pensamos que, atualmente, só o comunismo é capaz de fornecer uma nova cultura”. Após a sua adesão ao PCI - Partido Comunista Italiano, participou de várias manifestações e, em maio de 1949, participou do Congresso da Paz em Paris.
Em um caso e outro se quisermos insistir neste aspecto, vejamos. Surgem dois modos possíveis de interpretação do uso do verbo “saber”. Na primeira, “saber” está ligado à crença, saber implica crer. Em sentido amplo, crer também significa “ter por verdadeiro”. Assim, crer significa, por exemplo, ter algo por existente ou ter um enunciado por verdadeiro. Em outras palavras, crer significa aceitar a verdade e a realidade sem que seja necessário apresentar provas. Em última instância é possível afirmar, que crer implica “dar por acordado que o mundo existe”. Há, portanto, uma dimensão prática que liga o saber (Foucault) ao mundo manifestado no “crer” (Pasolini). Esta dimensão parece apontar para o segundo modo de interpretação do uso do verbo “saber”. Desta vez, ele pode ser associado a “poder” (Foucault). Dizer que “se sabe” é o mesmo que dizer que “se pode” (Pasolini). Aqui reside o ponto central da interpretação analítica que compreende o saber como habilidade e disposição.
Melhor dizendo, se para Hegel (1983), à existência na consciência, no espírito chama-se saber, conceito pensante. O espírito é também isto: “trazer à existência, isto é, à consciência”. Como “consciência em geral”, tenho eu um objeto; uma vez que eu existo e ele está na minha frente. Mas enquanto o Eu é o objeto de pensar, é o espírito precisamente isto: “produzir-se, sair de si, saber o que ele é”. Nisto consiste a grande diferença: o homem sabe o que ele é. Logo, em primeiro lugar, ele é real. Sem isto, a razão, a liberdade não são nada. O homem é essencialmente razão. O homem, a criança, o culto e o inculto, é razão. Ou melhor, a possibilidade para isto, para ser razão, existe em cada um, é dada a cada um.
Todo conhecer, todo aprender, toda visão, toda ciência, inclusive toda atividade, não possui nenhum outro interesse além do aquilo que “é em si”, no interior, manifestar-se desde si mesmo, produzir-se, transformar-se objetivamente. Nesta diferença se descobre toda a diferença na história do mundo. Os homens são todos racionais. O formal desta racionalidade é que o homem seja livre. Esta é a sua natureza. Isto pertence à essência do homem. O europeu sabe de si, é objeto de si mesmo. A determinação que ele conhece é a liberdade. Ele se conhece a si mesmo como livre. O homem considera a liberdade como sua substância. Se os homens “falam mal de conhecer é porque não sabem o que fazem”. Conhecer-se, converter-se a si mesmo no objeto (do conhecer próprio) e o fazem relativamente poucos. Mas o homem é livre somente se sabe que o é. Pode-se também em geral falar mal do saber, como se quiser. Mas somente este saber libera o homem. O conhecer-se é no espírito a existência. Portanto isto é o segundo esta é a única diferença da existência (Existenz) a diferença do separável. O Eu é livre em si, mas também por si mesmo é livre e eu sou livre somente enquanto existo como livre.
Observando-se as lutas dos trabalhadores e camponeses, e vendo os confrontos dos manifestantes com a polícia italiana, ele começou a criar seu primeiro romance. No entanto, em outubro do mesmo ano, Pasolini “foi acusado de corrupção de menores e atos obscenos em lugares públicos”. Como resultado, foi expulso pela secção de Udine do Partido Comunista e perdeu o emprego de professor que tinha obtido no ano anterior em Valvasone. Ficou em uma situação difícil, e em janeiro de 1950 Pasolini se mudou para Roma com sua mãe. Realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e sobre a Oréstia, de Ésquilo, que pretendia filmar na África, Apontamento para uma Oréstia Africana. Seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano, na época fortemente ligada à igreja católica, que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade.
Além disso, por um lado, seu cinema foi marcado por uma constante ligação com o arcaísmo prevalecente no homem moderno. Prova disso é a obra Teorema, em que um indivíduo entra na vida de uma família e a desestrutura por inteiro: cada membro da família representa uma instituição da sociedade. E por outro, sua posição política foi suavizada em troca de versões de clássicos eróticos da literatura mundial na chamada Trilogia da Vida com conteúdo erótico e político: Il Decameron, I Raconti di Canterbury e Il fiore delle mille e una notte. Pasolini, em um determinado momento da sua vida, renegou esses filmes, afirmando que eles foram apropriados erroneamente pela indústria cultural, que os classificava como pornográficos. Essa trilogia foi filmada na Etiópia, Índia, Irã, Nepal e Iêmen. Os filmes eram dublados em italiano. Pelo conteúdo pretensamente classificado como erótico, foi proibido nos Estados Unidos e só foi exibido na década de 1980. Entre nós no Brasil só foi exibido após a abertura política e o fim da corrupção da consciência no âmbito do movimento militar golpista em 1984. Em Accattone, de 1961, Pasolini pôs em prática sua visão dramática sobre a classe do proletariado na sociedade italiana da época. Sua peculiaridade é que gostava de trabalhar com atores amadores e do povo.
                                      
Atlético e vaidoso, Pasolini não escondia seu fascínio pela figura dos ragazzi ou puer, o jovem e belo adolescente, uma tradição homoerótica que remonta aos poetas latinos e gregos da Antiguidade. Neste filme é narrado o drama de um operário desempregado que arma expediente para sobreviver nas favelas de Roma, o cineasta foi alvo do primeiro processo que moveram contra ele por obscenidade e ultraje aos bons costumes. Ele foi combatido tanto pelos conservadores que lhe condenavam as formulações estéticas e políticas quanto por aqueles que o condenavam por sua assumida condição de gênero. Outros processos e sequestros judiciais de filmes vieram por conta do episódio “A Ricota” (do filme “Rogopag”), “Decameron”, “Os Contos de Canterbury”, e, sobretudo, por “Teorema”, ainda hoje considerado o protótipo de filme maldito e injustificadamente marginalizado até mesmo nas mostras respectivas da obra do mais controvertido diretor europeu. Vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Cannes, As Mil e uma Noites, de Pasolini é um filme muito especial, dos que melhor revelam o estilo do artista. Sua carreira se encerraria, porém, com Saló, ou Os 120 Dias de Sodoma, de 1975. Quando morreu aos 53 anos, deixou inédito seu filme mais ousado, aquele que é realmente seu testamento artístico.
Diante da autofagia agressiva da cultura de massas, que transforma o erotismo em pornografia e os corpos em mercadoria de consumo, Pasolini, desiludido, troca a representação idealizada do sexo por uma visão denunciadora da violência que atinge indiscriminadamente as mentes e os corpos. Também na arte, ele parecia ter chegado a um beco sem saída, a um extremo: a escatologia de 120 Dias de Sodoma e da obra de Sade. Em 1939 Pasolini graduou-se em Literatura pela Universidade de Bologna. Era gay assumido, tendo experimentado seu primeiro amor com um dos seus alunos. Ao mesmo tempo, um estudante esloveno, Pina Kalč, se apaixonou por Pasolini. Era um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta tinha sido professor, poeta e novelista. Sua morte trágica, assassinado por um garoto de programa provoca até hoje polêmicas e consequências político-sociais. Mesmo porque ele sempre foi, antes de tudo, mais que poeta, um provocador. Era um protagonista de todos os acontecimentos de seu conturbado país e momento, quebrando preconceitos, fazendo inimigos, unindo opostos como o comunismo e a Igreja Católica e o dito “homossexualismo”, no plano ideológico. O que se pode dizer de melhor é que sua obra é uma transgressão permanente e que sua influência não acabou.
O paroxismo da violência em Saló analogamente terá seu equivalente e clímax com o assassinato, no mesmo ano de 1975. Daí a ideia repetidas vezes, de profeta e mártir. As dúvidas permanecem. Pedaços de madeira com sangue encontrados no local e o depoimento contraditório do acusado dão margens a muitas interpretações. Por que Pelosi assumiu a responsabilidade exclusiva por sua morte quando havia evidências da participação de terceiros? Por que a justiça italiana se contentou com a versão do michê, não avançando na investigação? Suspeitas políticas foram igualmente levantadas devido à sua constante diatribe com a direita e a esquerda. O caso permanece insolúvel até o momento e a conspiração do silêncio levou ao desaparecimento e morte de outras pessoas que tentaram se aprofundar na investigação. O caso é tão sério que gerou um filme recente sobre o assunto, Pasolini: Um delito italiano (“Pasolini: Un Delitto Italiano”: Marco Tulio Giordana, Itália-França, 1995, 100 min.). Analogamente foi tão notório crítico da corrupção na política italiana quanto notório homossexual. Mal comparando, lembra o livro do cineasta e jornalista, Arnaldo Jabor Pornopolítica, no qual conta suas histórias e sua concepção sobre fatos políticos atuais no Brasil.
O que não queremos perder de vista é a ideia conspícua de “um delito italiano”.  Claro está que Pasolini nutria amor e ódio pela juventude de 1968. Edipiano às avessas, coloca-se como o pai que condena o filho por seus próprios erros. Trabalha em textos e filmes um provocante diálogo de gerações, colocando em questão a real ruptura de valores da nova geração. Antiquado ou visionário, Pasolini via na morte da Itália tradicional o fim de qualquer possibilidade de redenção. A Itália moderna mata a diversidade e a diferença, assim como os dialetos e a espontaneidade popular, em nome de uma cultura “universal”, baseada no consumo desenfreado. Em vários de seus filmes havia uma defesa e adoração do jovem camponês e operário que, ao seu entender, ainda escaparia deste domínio burguês. Lamenta mais tarde a morte deste proletário idealizado.
Pasolini: Un Delitto Italiano, é um grande filme, pesadíssimo, duríssimo. Extremamente bem feito, com muito domínio técnico, grande respeito moral e intelectual pela figura de Pier Paolo Pasolini e ódio pelos fascistas que, segundo a tese que o cineasta defende, “usaram mafiosos para assassinar e calar o cineasta e poeta, em 1975”. A mistura de cenas reais, de documentários, com a reconstituição em forma de ficção, do que cercou a morte do cineasta é fascinante, deslumbrante, magistral. Isto fica evidente em: Pasolini, Nosso Próximo que é um documentário de Giuseppe Bertolucci sobre Pier Paolo Pasolini e sobre um de seus filmes mais polêmicos, Salò ou Os 120 Dias de Sodoma. Durante as filmagens, apesar da enorme controvérsia gerada em torno da obra, Pasolini se encontra relaxado, quase alegre. Ele deixa a câmera do jornalista Gideon Bachmann segui-lo e concede uma longa e extraordinária entrevista. Aparentemente inseguro Pasolini transforma a conversa em um grande, claro e violento ataque à sociedade, acompanhado de fotos do set de filmagem justapondo ficção e realidade. Pasolini morreria antes de o filme estrear, supostamente assassinado por um garoto de programa.
O crime abalou a história do cinema. No crime temos o social pela culatra. Pier Paolo Pasolini um dos mais revolucionários cineastas italianos foi assassinado por um “garoto de programa” em uma noite de novembro de 1975. Foi brutalmente assassinado. Tinha o rosto desfigurado e várias lesões no corpo. Foi encontrado no hidro-aeródromo de Ostia. Os motivos de seu assassinato continuam gerando polêmica até hoje, sendo associados a crime político ou um mero latrocínio. Um processo judicial concluiu que o assassino teria o intuito de assaltá-lo. Tal versão, porém, não se sustenta mais. Existem estudos, filmes e programas de TV que põem por terra a versão acatada pela justiça italiana. Pino Pelosi “assumiu sozinho a culpa do assassinato”, embora as evidências apontassem outros caminhos. No ano de 2005, Pino Pelosi declarou não ter sido ele o assassino de Pasolini, depois de ter cumprido pena como assassino confesso. Estas são as peças de um quebra cabeça onde tudo leva a crer que este foi muito mais que um mero crime passional. Um filme contundente que levou a justiça italiana a reabrir as investigações deste brutal assassinato.
Enfim, em Gaviões e Passarinhos (Uccellacci e Uccellini, Itália, 1966) pai (Totò) e filho (Ninetto Davoli), ambos trabalhadores proletários, empreendem uma viagem, acompanhados e orientados pelas ideias marxistas de um corvo falastrão. Parábola ferina de Pier Paolo Pasolini sobre o universo dos marginalizados, elemento comum na obra do diretor italiano, como em “Accatone - Desajuste Social” e “Mamma Roma”. “Gaviões e Passarinhos” integrou a seleção oficial do Festival de Cannes de 1966. No documentário que acompanha a edição, vemos primeiro cenas de rua em que transeuntes depreciam Pasolini em relação aos mestres canônicos do cinema italiano de então, Antonioni e Fellini. Mais adiante, entrevistas de Alberto Moravia e Cesare Zavattini (o primeiro, inclusive, sendo dos que poderíamos chamar de um “defensor”), se mostram bem críticos diante das relações entre o escritor e o cineasta que convivem em Pasolini, dizendo que este último ainda não é tão bom quanto o primeiro - o documentário, Pier Paolo Pasolini: A Filmmaker’s Life, é do começo dos anos 1970, posterior, portanto, a Teorema, Medéia e ao primeiro filme da Trilogia da Vida. Pasolini, ainda hoje, teima em escapar por entre as nossas mãos.
O filme Gaviões e Passarinhos talvez seja o primeiro grande passo de Pasolini na consolidação daquilo que lançara no anterior O Evangelho Segundo São Mateus (Il Vangelo Secondo Matteo) como o “cinema de poesia”. O filme segue de maneira fiel os textos de Mateus sobre todas as etapas da vida de Cristo, de seu nascimento à ressurreição. O Cristo pasoliniano, no entanto, é revolucionário, mais humano que divino, com muitos traços de doçura e que reage com raiva à hipocrisia e à falsidade dos homens. Episódio por episódio (ou estrofe por estrofe), vivemos a inteireza da experiência do contato com o mundo – ao menos aquele criado pelo próprio filme –, somos expostos a emoções às vezes até contraditórias entre si, mas que, no momento em que surgem, são encarnadas como se fossem a última, e essa urgência exige uma entrega imediata: literalmente um filme em que se ri e se chora, divertido quando quer, melancólico quando preciso. Pai não declarado de A Via Láctea, que Luis Buñuel faria três anos depois, Gaviões e Passarinhos sabe que o máximo grau de surrealismo pode ser conseguido justamente pela potencialização daquilo que é mais banal na realidade.
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Bibliografia Geral Consultada:
FROMM, Erich, El miedo a la libertad. 3ª edição.Buenos Aires: Paidós, 1957; HEGEL, G. W. F., Introdução à História da Filosofia. São Paulo: Hemus Editora, 1983; FOUCAULT, Michel, El Orden del Discurso. Barcelona: Tusquets, 1973; Idem, História da Sexualidade. Rio de Janeiro: Graal, 1977, 3 volumes; Idem, Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Petrópolis (RJ): Vozes, 1987a; Idem, Hermeneutica del Sujeto. Madrid: Ediciones de la Piqueta, 1987b; PASOLINI, Pier Paolo, Gramsci`s Asche. Gedichte. Italienisch/Deutsche. Verlag, München, 1980; Articolo: “Pasolini, ´quando s`infuriava se non gli passavamo la palla`”. http://www.ilmessaggero.it/articolo, Lunedì, 19 Marzo 2012; Articolo: Brescia celebra Pasolini, “l'uomo contro”. Nel programma schegge di cinema, interviste e dibattiti, 21 marzo 2012; Articolo: “I grandi maestri del cinema -  Pier Paolo Pasolini con Salò o le 120 giornate di Sodoma”. Disponível em: http://cinemio.it/i-grandi-maestri-del-cinema/pier-paolo-pasolini-salo-o-le-120-giornate-di-sodoma/15320/; AVILÉS, Freddy, “Pasolini, transgresor y crítico de la sociedade”. Disponível em: http://www.eluniverso.com/2012/03/17/1/1421/pasolini-transgresor-critico-sociedad.html; Articolo: “Pasolini e Feltrinelli: adesso i complottisti tornano alla carica”.
http://www.ilgiornale.it/cultura/la_fine_pasolini_e_feltrinelli_e_nuove_favole_complottisti/22-03-2012/SBALCHIERO, Guillaume, “5 choses à savoir sur Pier Paolo Pasolini”. In: Lexpress.fr, publié le 05/03/2012; AYALA, Davide Payser, http://www.sanborondon.info/content/view/; CREMADES, Jacinta, “Hoy hubiera cumplido 90 años Pier Paolo Passolini”. Disponível em: http://www.elimparcial.es/cultura/hoy-hubiera-cumplido-pier-paolo-passolini-90-anos-100585.html, 05-03-2012; EWALD FILHO, Rubens, “Píer Paolo Pasolini faria hoje 90 anos”. Disponível em: http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2012/03/05/pier-paolo-pasolini-faria-hoje-90-anos/, entre outros.


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