Homer: politics, history, philology, and civic
life in Book III From the discovery of the true Homer in the Scienza Nuova of Giambattista Vico, 1744.
Resumo
No seu principal escrito, a Scienza Nuova de 1744, Giambattista Vico (1668-1744) subdividi-o em cinco
livros, dentre tais, o terceiro intitulado Da descoberta do Verdadeiro Homero [Della discoverta del vero Omero], o
autor discorre sobre a verdade em relação a esse poeta. Deste modo intentamos
aqui nesta pesquisa apresentar os estudos de Vico em relação ao poeta, cujas
obras, tanto Ilíada, quanto Odisséia são por Vico, consideradas como
verdadeiros testemunhos, da política, da História, da Filologia e da vida civil
daqueles primeiros povos da Grécia. A pesquisa segue a orientação de uma
interpretação hermenêutica conforme o método do autor. Para uma melhor
exposição da presente pesquisa, subdividimo-la em quatro tópicos cujos aspectos
possibilitam uma melhor compreensão das ideias, deste modo, o primeiro aspecto
abordado são os aspectos políticos; o segundo, os aspectos históricos; o
terceiro, os aspectos filológicos; e por último, os aspectos da vida civil.
Palavras-chave: HOMERO. POLÍTICA.
HISTÓRIA. FILOLOGIA. VIDA CIVIL.
Na sua obra principal, a Scienza Nuova, Giambattista Vico (1668 –
1744) subdivide a obra em cinco livros, o terceiro deles intitulado Da Descoberta do Verdadeiro Homero [Della Discoverta del Vero Omero]. Neste
livro o autor pretende um estudo sobre este poeta cujas obras ele considerava
como verdadeiros testemunhos da vida dos primeiros povos da Grécia[1]. A
figura de Homero ocupa relevante e destacado espaço no frontispício que está
postado no início da Obra.
No desenho a figura de Homero recebe o raio que parte da
Providência e reflete na jóia que adorna o peito da Metafísica. A explicação
para isto se deve em razão da própria concepção de metafísica, que conforme
Vico compreende “uma história das idéias humanas”. A partir disto, o autor diz
ter “descido” à mentalidade rude daqueles primeiros homens que fundaram as
nações gentílicas, e por suas origens ainda grosseiras, estes homens estavam
quase que completamente mergulhados em seus sentidos e suas mentes eivadas de
fantasia [2].
A disposição do Livro III encontra-se distribuída em tópicos
que possibilitam uma fácil compreensão dos objetivos propostos pelo autor.
Portanto, eis a disposição tópica dos conteúdos do livro. Duas seções: sendo a
primeira relativa à busca de Homero; a segunda trata da descoberta do poeta. Na
primeira seção onde será empreendida a busca deste Homero, o autor a divide em
seis capítulos.
O primeiro trata de uma pretensa sabedoria secreta que alguns
filósofos atribuíram a Homero. No segundo capítulo, o autor faz uma
investigação sobre a verdadeira pátria de Homero. O terceiro investiga-se a
verdadeira idade do poeta. O quarto capítulo, Vico expõe as causas de Homero
ter sido insuperável na sua arte, isto se deve pelo fato de ter sido Homero o
primeiro (ou mais notável) poeta a cantar os costumes daquelas gentes gregas. O
quinto e o sexto capítulos tratam das provas quer filosóficas, quer filológicas
que demonstram a verdade sobre o poeta.
A Segunda Seção será a exposição da descoberta de quem ou o
que seria este Homero. Uma ligeira introdução e o autor subdivide esta seção em
dois capítulos e um Apêndice. O primeiro capítulo conforme o próprio título
explicita trata das inconveniências e inverossimilhanças do Homero em que se
acreditou até agora se tornam conveniências e necessidades no Homero que será
descoberto. O segundo capítulo demonstrará que os poemas criados por Homero são
dois grandes testemunhos do Direito Natural dos povos da Grécia. Por último, o
autor escreve um apêndice onde será refletida a história dos poetas dramáticos
e líricos que até então os filósofos haviam descrito de forma demasiadamente
incompreensível.
Aqui, no entanto, buscamos explicitar os aspectos políticos,
históricos, filológicos e de vida civil. E para facilitar o entendimento cada
um destes aspectos está disposto em tópicos onde serão trabalhados de modo
unitário.
1. Aspectos Políticos
Ao iniciarmos a pesquisa quanto aos
aspectos políticos, verifica-se já no Primeiro Capítulo aquele intitulado Da
sabedoria Secreta que atribuíram a Homero [Della
Sapienza Riposta c'Hanno Oppinato d'Omero] existe uma passagem onde Vico
diz que alguns autores acreditaram ter sido Homero o responsável pela
organização da política dos primeiros povos da Grécia. Isto pelo fato de sua
obra Ilíada conter como principal
tema e personagens uma disputa entre Agamenon e Aquiles, conforme esta
passagem:
Eis o Homero que, até agora, se acreditou ter sido o
organizador da política, ou seja, da civilização grega, que começa, a partir
desse facto, o fio com que tece toda a Ilíada,
cujos principais personagens são um tal capitão e um herói, como nós demos a
ver Aquiles, quando raciocinamos acerca do heroísmo dos primeiros povos![3]
Na Odisséia percebem-se também aspectos relativos à política com os
povos estrangeiros, pois lá existem relatos de determinados produtos e
especiarias que eram provenientes do comércio com os fenícios. Estes
comercializavam produtos originários de diversas nações da costa mediterrânica [4].
Vico diz que, Homero deve ter surgido em um período no qual o “direito heróico”
estava em vias de desaparecimento. Estava em ascensão o período de “liberdade
popular”, uma vez que, os heróis já contraíam matrimônios com as mulheres
estrangeiras e os filhos de uniões ilícitas eram admitidos como regentes dos
reinos. De acordo com esta passagem:
(...) Homero parece ter surgido nos em que na Grécia,
já estava decadente o direito heróico e tinha começado a celebrar-se a
liberdade popular, porque os heróis contraem matrimônios com estrangeiras e os
bastardos acedem às sucessões dos reinos [5].
2. Aspectos Históricos
No
Capítulo Quinto, ainda na Primeira Seção onde o autor expõe, as Provas
filosóficas para a descoberta do verdadeiro Homero [Pruove Flosofiche per la
Discoverta del Vero Omero] são expostos alguns desses
aspectos históricos. Dentre tais aspectos, o primeiro diz que, o homem possui
certa propensão natural para conservar quer a “memória das ordens” [memorie degli ordini], quer das leis que
tenham a propriedade de mantê-los unidos em Sociedade [6].
Autores como Ludovico Castelvetro
incorreu em erro ao acreditar que a História tenha surgido primeiro que a
Poesia. Se os poetas surgiram anteriormente aos historiadores, é mais
conveniente acreditar que a primeira história deve ter sido poética [7].
Isto em razão de as primeiras narrações e fábulas conterem um conteúdo
verdadeiro[8]. O
motivo de acreditarmos serem tais fábulas eivadas de falsidades deve-se às
deturpações[9] que elas
sofreram à medida que eram repassadas as outras gerações. Conforme o autor
explicita nesta passagem:
Que as fábulas, na sua origem, foram narrações
verdadeiras e severas (donde mutoς, a fábula, foi definida
como <<vera narratio>>,
como acima, por várias vezes, nós dissemos); as quais primeiro nasceram
geralmente indecentes e, por isso, depois, se tornaram impróprias, portanto
alteradas, seguidamente inverossímeis, mais adiante obscuras, daí escandalosas
e, por fim, inacreditáveis; que são sete fontes das dificuldades das fábulas,
as quais se podem encontrar ao de leve em todo o segundo livro [10].
Retornando ao Capítulo Terceiro também da Seção Primeira,
intitulado: Da Idade de Homero [Dell'età
d'Omero] podem ser descobertos os seguintes aspectos históricos: já se
disputavam alguns jogos, como aqueles que são citados nos funerais de Pátroclo
e que posteriormente também seriam realizados durante as Olimpíadas; algumas
arte , como por exemplo: a fundição de baixos-relevos, já eram conhecidas, conforme
Homero descreve na fabricação do escudo
de Aquiles [11].
As coisas esplêndidas que na Odisséia são narradas sobre os jardins de Alcínoo seriam
testemunhos históricos de que quando ela foi escrita, os gregos já se
deleitavam com o luxo e as riquezas [12].
O que seria também uma prova de que a Ilíada
e a Odisséia teriam sido escritas em
épocas mui distantes uma da outra. Algo que, conforme Vico fez com que Dionísio
Longino chegasse ao equívoco de acreditar que a Ilíada tivesse sido escrita por Homero na sua juventude e a Odisséia, numa avançada maturidade, de
acordo com a seguinte passagem: “Dionísio Longino, não podendo dissimular a grande diversidade dos estilos
dos dois poemas, diz que Homero, sendo jovem, compôs a Ilíada, e depois, sendo velho a Odisséia
(...)” [13].
A incorrência em tal erro, conforme Vico se deu em
decorrência da não observância de dois pontos importantíssimos para aqueles que
se dedicam ao estudo da História: o primeiro é o tempo em que o fato teria
ocorrido; e o segundo, o lugar em que havia se passado tal fato [14].
3. Aspectos Filológicos
De
antemão faz-se necessário esclarecer-mos que para Giambattista Vico, os
aspectos filológicos são bem abrangentes, e não se limitam apenas às questões
relacionadas à linguagem, a gramática ou etimologia. Mas, conforme ele:
“doutrina de todas as coisas que dependem do arbítrio humano, como são todas as
histórias das línguas, dos costumes e dos fatos, tanto da paz como da guerra
dos povos” [15].
No Capítulo Segundo, Da pátria de
Homero [Della patria d'Omero], ainda na Primeira Seção, Vico trata da disputa,
que segundo ele, algumas cidades da Grécia travaram para decidir sobre qual
delas seria a pátria de Homero. Tal acontecido se deu em razão destas tais
cidades reconhecerem nos poemas dele, tanto na Ilíada, quanto na Odisséia
determinadas palavras, frases e dialetos comuns a cada uma delas. Conforme está
na seguinte passagem: “A
contenda entre as cidades gregas pela honra de ter cada uma Homero como seu
cidadão provém do fato de quase todas observavam nos dois poemas dele tantas
palavras e frases como dialectos que em cada uma delas eram vulgares “[16].
Os mitos e fábulas que conforme dissemos anteriormente foram
descritos de modo um tanto quanto indecentes por Homero deveu-se pelo seguinte
motivo: tais fábulas tinham originariamente sentidos verdadeiros e até chegarem
à época de Homero sofreram deturpações. Este fato explicaria uma outra verdade
a respeito da figura de Homero. O poeta teria de estar situado numa “terceira
idade dos poetas heróicos”. Na primeira idade, as fábulas teriam significados
verossímeis; na segunda, os significados foram sendo alterados e corrompidos;
na terceira e última que foi à de Homero, ele já as recebeu e transmitiu
totalmente desfigurada dos seus primeiros significados, de acordo com esta
passagem:
O que se demonstra com esta crítica metafísica: que as
fábulas, as quais, quando do seu nascimento tinham surgido direitas e
convenientes, chegaram a Homero tortas e indecentes; como se pode observar ao
longo de toda a Sabedoria Poética aqui
acima reflectida, pois todas foram primeiramente histórias verdadeiras que,
pouco e pouco, se alteraram e se corromperam e, assim corrompidas, chegaram
finalmente a Homero. Pelo que deve ser situado na terceira idade dos poetas
heróicos: depois da primeira, que encontrou essas fábulas em uso como
verdadeiras narrações, na primeira e própria significação da palavra mutoς, que é definida por esses
mesmos gregos como <>; a segunda, daqueles que
a alteraram e corromperam; a terceira, finamente, de Homero, que assim
corrompidas as recebeu [17].
No Capítulo Quinto que versa sobre as provas filosóficas para
a descoberta do verdadeiro Homero [Pruove Filosofiche per la Discoverta del Vero
Omero], existe uma passagem que diz: a fala heróica se expressava mediante
semelhanças, imagens e comparações. Isto em razão da escassez de gêneros e
espécies, que são necessários para uma definição adequada das coisas[18].
Surgem em detrimento de uma necessidade natural dos povos [19].
No Capítulo Sexto, sobre as provas filológicas, Vico diz que,
os povos bárbaros que se conservaram fechados em suas fronteiras sem nenhum
contato com outras nações, a exemplo dos povos germânicos e indígenas
americanos guardaram em versos toda a sua história. Outro testemunho forte é o que
se encontra no Capítulo Segundo da Segunda Seção, que diz que os poemas de
Homero devem ser considerados como testemunhos dos costumes antigos dos gregos.
Semelhante consideração deve ser atribuída as leis das XII Tábuas, testemunhos
dos costumes dos povos do Lácio [20].
4. Aspectos da Vida Civil
No que diz respeito aos aspectos da
vida civil, no Capítulo Primeiro, da Primeira Seção onde Vico trata de uma
pretensa sabedoria secreta que alguns autores acreditavam ser Homero possuidor,
e que ele (Vico) refuta, estão as seguintes considerações. Que Homero, em
verdade, não era douto, mas detinha uma sabedoria vulgar. Tal sabedoria estava
em conformidade com os costumes daqueles primeiros povos da Grécia. Os
sentimentos do autor da Ilíada, de acordo com o que percebemos na leitura do
poema, diz Vico, são totalmente pertinentes aos sentimentos dos povos gregos em
seu estado de barbárie. Estes sentimentos são os propiciadores da matéria da
qual os poetas extraem seus versos. Conforme o autor explicita nesta passagem:
Conceda-se-lhe também aquilo que seguramente lhe deve
ser atribuído, ou seja, que Homero deve ter andado em conformidade com os
sentimentos completamente vulgares e, por isso, com os costumes vulgares da
Grécia, bárbara nos seus tempos, porque tais sentimentos e costumes vulgares
fornecem aos poetas as matérias próprias [21].
Na Segunda Seção, Capítulo Primeiro onde o autor trata das
inconveniências e inverossimilhanças a respeito de Homero que, conforme ele,
tornar-se-íam conveniências e necessidades do Homero que ele descobre, existe
uma passagem que diz o seguinte: Homero teria composto A Ilíada em um período em que a Grécia era jovem, e a Odisséia em uma época mais tardia,
conforme já expomos acima. No primeiro poema, cujo ator principal é Aquiles, herói
jovem e de ações movidas por fortes sentimentos, reflete como um espelho, os
costumes e comportamentos civis daqueles primeiros gregos. No segundo poema, a
figura de Ulisses serve justamente para demonstrar as características daqueles
homens gregos cuja existência deu-se numa época posterior, e que já se
comportavam de modo mais prudente e refletindo cautelosamente antes de agirem.
Conforme podemos acompanhar na seguinte passagem:
Assim, Homero compôs a Ilíada quando a Grécia era
jovem e, consequentemente, ardente de paixões sublimes, como o orgulho, a
cólera, a vingança, paixões essas que não suportam dissimulação e ama a
generosidade; pelo que admirou Aquiles, herói da força: mas, depois, compôs
velho a Odisséia, quando a Grécia tinha arrefecido um tanto os ânimos com a
reflexão, que é mãe da prudência; pelo que admirou Ulisses, herói da sabedoria [22].
O Homero que teria elaborado a Ilíada deve ter vivido em uma época que os gregos ainda mergulhados
em costumes bárbaros se deleitavam com atitudes crudelíssimas, e tinham prazer
com ações vis e atrozes. Já o Homero compositor da Odisséia viveu em um período em que os ânimos[23]
já estavam arrefecidos, e compraziam-se com o luxo, e os costumes estavam um
tanto quanto dissolutos. Conforme atestam aquelas passagens da Odisséia onde estão descritos o fausto
dos jardins de Alcínoo, os prazeres nos palácios de Calipso e Circe e os
passatempos com os quais se deleitavam os pretendentes de Penélope, esposa de
Ulisses. Conclui-se aqui após a presente exposição que Giambattista Vico
demonstra ter sido o poeta Homero não um personagem histórico, mas apenas um
caractere poético dos grandes rapsodos da antiga Grécia.
[2] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, [1744]. Trad. port. Jorge Vaz de Carvalho. Portugal:
Edições da Fundação Calouste Gulbenkian, 2005, p. 7.
[3] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 601.
[4] Cf.
VICO. Giambattista. Ciência Nova, pp. 608-612.
[5] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 611.
[6] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 619.
[7] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, pp. 619-620.
[8] Sobre tal problemática que envolvia conjecturas sobre
a origem da poesia entre Vico e outros autores é convenientemente abordada por
Expedito Passos: Para responder à questão acerca da origem da poesia, Vico
parte de certa compreensão antropológica da natureza humana: primeiro os homens
se ocupam “do necessário, em seguida da comodidade, finalmente do prazer”.
Embora permaneça ainda o desacordo dos eruditos quanto à origem da poesia
(nasceu por causa do útil ou do deleite?), há um consenso quando recusam o seu
advento por meio de qualquer necessidade. Contra esta imprecisão, Vico destaca
o nascimento da poesia “antes de todas as artes da comodidade e do prazer, que
todas se devem à república”. Ademais, os homens, em virtude de sua própria
natureza, “sentem primeiro as coisas que [lhes] tocam, em seguida os costumes,
finalmente as coisas abstratas”. Tal como as crianças que percebem o particular
“os mais engenhosos não sabem senão se expressar por semelhanças” (LIMA, José
Expedito Passos. A estética entre saberes
antigos e modernos na nuova scienza, de Giambattista Vico Tese de doutorado. PUC
SP 2006, p. 237.).
[9] Veja
também as considerações de Berlin: “Tais mito e seus modos de expressão, apesar
de imperfeitos que possam parecer aos teólogos e filósofos de nossos tempos
sofisticados (e àquele das épocas ‘clássicas’ anteriores) foram, em seus dias,
apropriados e coerentes” (BERLIN, Isaiah. Vico
e Herder [1976]. Trad. br. Juan Antônio Gili Sobrinho, Brasília, 1982, p.
101.).
[10] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 620.
[11] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 607.
[12] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 607.
[13] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 640, ver também a página 611.
[14] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 640.
[15] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 9.
[17]
Cf. VICO, Giambattista. Ciência Nova, pp. 615-616.
[19] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 628.
[20] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 655.
[21] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 599.
[22] Cf.
VICO, Giambattista. Ciência Nova, p. 646.
[23]
Sobre o ânimo são pertinentes as considerações de Bordogna: “O ânimo seria
aquela parte da nossa natureza que nos põe em comum com as bestas, ou melhor,
aos das origens, cujas mentes ainda não eram aguçadas e
espiritualizadas mediante os raciocínios, mas se encontravam ainda todas presas
aos sentidos, nas produções da fantasia e imersas nas paixões” (tradução
nossa). [L’animo sarebbe quella
parte della nostra natura che ci accomuna alle bestie o meglio ai
<> delle origini, le cui menti non si erano ancora
assottigliate e spiritualizzate mediante i ragionamenti, ma si trovavano ancora
tutte prese nei sensi, nelle produzioni della fantasia ed immerse nelle
passioni.]; (BORDOGNA, Alberto. Gli idoli
del foro: Retórica e mito nel pensiero di Giambattista Vico, Aracne editrice. Roma, 2007 p. 90.).
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